Cada vez mais vaidosas, as crianças estão trocando os brinquedos por espelhos.
Porém, cuidado! Saiba como a vaidade precoce e excessiva pode ser prejudicial
Uma pesquisa superficial em lojas de cosméticos revela que o mercado de beleza para crianças está em alta.
Uma pesquisa superficial em lojas de cosméticos revela que o mercado de beleza para crianças está em alta.
Contudo, entre condicionadores, óleos e hidratantes direcionados ao público infantil, existem alguns itens que denunciam uma vaidade precoce.
Blushes, batons, esmaltes, sombras, bijouterias e até mesmo fixador de cabelos também têm lugar de destaque nas gôndolas, atraindo a atenção dos pequenos.
No comércio de roupas, as crianças também estão mais decididas e, em muitos casos, apontam o que querem levar.
Nem os meninos escapam da mira da vaidade. Tênis, relógios e bonés de grife estão no topo da lista de desejos de consumo, atrás apenas do corpo “sarado” e musculoso do irmão mais velho.
Mas justiça seja feita: a vaidade das meninas ainda é mais acentuada.
Um penteado fora do lugar ou uma sandália de mal gosto pode ser o suficiente para excluir uma garota do grupo, o que não costuma acontecer com os garotos, já que seu critério de seleção de amizades é mais no nível da conquista pessoal.
Além dos limites
As crianças sempre cultivaram um grau de vaidade, almejando ser adulto antes do tempo.
Além dos limites
As crianças sempre cultivaram um grau de vaidade, almejando ser adulto antes do tempo.
Que menina nunca vestiu os sapatos de salto da mãe e se borrou toda de batom?
Qual garoto nunca se barbeou ou exibiu os projetos de músculos diante do espelho?
“Em proporções moderadas, a vaidade infantil é perfeitamente normal e até reflexo de uma auto-estima positiva. O problema é quando esse comportamento passa dos limites”, afirma a psicóloga Fabiana Colombari, atuante na área clínica e educacional.
O “boom” de crianças vaidosas tem muito a ver com os tempos em que vivemos.
A sociedade pós-moderna valoriza o ter em detrimento do ser e a criança não está alheia a isso. Ela raciocina que, se não mantiver um padrão de perfeição estética, os outros não irão gostar dela. Assim, cria sua própria armadilha, pensando ter encontrado a fórmula da felicidade.
Na seqüência, o desejo infantil de participar do universo adulto agora é legitimado pela própria família. Pais vaidosos e sem senso crítico às imposições sociais têm grande chance de gerar pimpolhos idênticos. Afinal, as crianças sempre querem imitá-los. “Os pais são os primeiros exemplos e modelos de identificação. Se eles já estão influenciados por esses valores, dificilmente os filhos serão diferentes”.
Mais do que consentir, alguns pais também incentivam cuidados excessivos com a aparência, chegando até mesmo a criar uma ditadura-mirimda beleza.
Vaidade equilibrada
Tão importante quanto estabelecer limites é dar o exemplo, principalmente em pequenos exemplos: não seguir rigorosamente as modas, não ser neurótico com aquele pneuzinho a mais, não gastar em roupas compulsivamente, etc. Mostre a seu filho que, afinal de contas, a aparência é importante, sim – mas não é tudo.
Fique alerta quando seu filho...
.. começar a valorizar mais a aparência que os estudos.
... deixar de comer, justificando que precisa emagrecer.
... gastar toda a mesada em roupas e cosméticos.
... preocupar-se excessivamente em ser o mais popular da escola.
... começar a dar palpite em suas roupas.
E o que fazer para estabelecer limites
- Dê o exemplo: atente para sua própria vaidade.
- Ensine-a a ser crítica em relação ao valores que lhe são apresentados.
- Incentive a criança a se aceitar como ela é.
- Ajude-a a lidar com frustrações.
- Valorize suas conquistas pessoais, como notas altas, esportes, etc.
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